Transplante de córnea sendo realizado por profissionais médicos.

TRANSPLANTE DE CÓRNEA – TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER

Entre as cirurgias oculares está o transplante de córnea, também conhecido como ceratoplastia. Este é um procedimento cirúrgico utilizado para substituir uma córnea danificada ou doente por outra saudável, proveniente de um doador. Em alguns casos, é o único tratamento possível para devolver a acuidade visual ao paciente.

A córnea é a parte transparente do olho que recobre a íris e a pupila. Ela é responsável por ajudar a focar a luz que entra nos olhos, essencial para uma visão clara. Quando fica opaca ou perde sua funcionalidade, a acuidade visual pode ficar seriamente comprometida. 

O transplante de córnea é uma das intervenções mais realizadas e bem-sucedidas da área e tem proporcionado uma nova chance de visão a milhões de pessoas ao redor do mundo.

Indicações e tipos de transplante de córnea 

A intervenção é indicada, principalmente, para pacientes que sofrem com doenças que afetam a transparência e estrutura da córnea. As condições mais comuns que levam à necessidade do procedimento incluem ceratocone, distrofias corneanas, cicatrizes causadas por infecções ou traumas, e edemas córneos. 

Existem diferentes tipos de procedimento, e o mais adequado é escolhido com base na extensão do dano córneo e na lesão afetada. A análise é feita de maneira a atender as especificidades do paciente, de maneira individual. Certamente, cada condição exige uma avaliação criteriosa do cirurgião oftalmologista para decidir qual é a melhor opção para restaurar a visão. 

Close de um olho claro, feminino.

Os principais tipos incluem:

  • Transplante de Córnea Penetrante (PK) : é o procedimento tradicional em que todas as camadas da córnea são substituídas. Este procedimento é indicado para pacientes com doenças que afetam toda a espessura da córnea;
  • Transplante Lamelar Anterior (DALK) : neste caso, apenas as camadas superficiais da córnea são retiradas. Este tipo é utilizado para condições que afetam a parte anterior da córnea, como o ceratocone e distrofias estromais anteriores como a Distrofia Lattice;
  • Transplante Endotelial : focado nas camadas internas, este tipo é indicado para doenças que comprometem apenas a camada interna da córnea, como a distrofia de Fuchs. Os transplantes endoteliais mais comuns incluem: 

O DSAEK (Descemet Stripping Automated Endothelial Keratoplastia) – consiste no transplante do endotélio do doador e da membrana de Descemet, juntamente com uma pequena quantidade de espessura estromal posterior ; 

O DMEK (Descemet Membrane Endothelial Keratoplastia) – consiste no transplante apenas da membrana de Descemet e da camada celular endotelial. Oferece reabilitação visual mais rápida, menor risco de rejeição e melhor reparo anatômico com menos transplante de tecido do que outras técnicas de ceratoplastia endotelial. 

Processo da cirurgia e recuperação 

O procedimento é realizado em um centro cirúrgico e geralmente sob anestesia local- bloqueio peribular com sedação, embora possa ser realizada anestesia geral, dependendo da condição do paciente. Durante o procedimento, é removida a parte danificada da córnea e implantada uma outra, saudável, de um doador. O tempo da cirurgia pode variar de 30 – 40 minutos a duas horas.

Cirurgia em paciente para realização de um transplante de córnea. Mãos de médico ,com luvas azuis, mexem no globo ocular com instrumentos cirúrgicos.

A recuperação requer cuidados específicos e acompanhamento médico para monitorar a adaptação e a cicatrização da córnea transplantada. No período pós-operatório, o paciente precisa seguir algumas recomendações específicas, como evitar atividades intensas, proteger os olhos contra traumas e usar colírios específicos para prevenir infecções. 

A visão costuma melhorar gradualmente nos meses subsequentes, mas o processo de recuperação total pode levar até um ano.

Riscos e taxas de sucesso

Embora seja um procedimento bastante seguro, ele envolve alguns riscos, assim como qualquer cirurgia. Os mesmos dependem muito da técnica cirúrgica e da patologia do paciente, podendo variar desde o aumento transitório da pressão intraocular até a rejeição e falência do transplante. Os transplantes lamelares anteriores e posteriores possuem menor taxa de complicações quando comparados aos penetrantes.

Como as taxas de sucesso são bastante elevadas, a maioria dos pacientes consegue uma melhora significativa da visão. No entanto, o resultado final vai depender de diversos fatores, como a condição inicial do olho, o tipo de transplante realizado, o número de transplantes prévios, o número de rejeições prévias, a ocorrência de complicações trans e pós-operatórias e o cuidado pós-operatório. 

O papel dos bancos de olhos e a importância da doação de órgãos 

A disponibilidade de córneas depende fundamentalmente dos bancos de olhos, que são responsáveis ​​por coletar e distribuir tecidos córneos de doadores. Sendo assim, a doação de córneas é essencial para que os transplantes sejam realizados. Porém, diferentemente de outros órgãos que exigem a remoção do órgão com o coração do doador ainda batendo, a córnea pode ser coletada até 6 horas após a morte.

Médica segurando o protótipo de um globo ocular sobre a mão direita. Ao fundo, vê-se um desenho de corredor de hospital futurista em 3D.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde cobrem o procedimento, com exceção dos transplantes lamelares, entretanto a espera por uma córnea ultrapassa 1 ano no estado do RS. Neste cenário, as instituições de saúde trabalham intensamente para aumentar a conscientização sobre a importância da doação de córneas.

Também são realizadas diversas campanhas de sensibilização para que mais pessoas possam ter acesso e recuperem sua visão. Isso porque, o sucesso dos procedimentos e a redução do tempo de espera dependem diretamente do número de doadores. 

Sem dúvidas, esse tipo de procedimento representa um grande avanço da medicina oftalmológica. Ele oferece esperança para pessoas que perderam a visão devido a doenças corneanas. Com o aprimoramento das técnicas cirúrgicas e a conscientização sobre a importância da doação de córneas, as taxas de sucesso são cada vez mais promissoras. 

Vamos cuidar disso juntos?  

Com anos de experiência, meu foco é ajudar os pacientes a VEREM o mundo da melhor maneira possível por meio de tratamentos modernos e de acordo com cada particularidade. Vamos agendar uma consulta e entender como podemos cuidar da sua saúde?

Dra Terla Castro

Médica Oftalmologista 

CRM 22717

RQE 13628

Especialista em Córnea, Cirurgia do Ceratocone, Cirurgia Refrativa, Cirurgia de Catarata, Implante de Lentes intraoculares e Lentes de Contato. 

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