MIOPIA DEGENERATIVA: CAUSAS, SINTOMA E TRATAMENTO. 

Sob uma bancada, cartela de teste oftalmológico, óculos de grau, lentes e contato,e apetrechos de cuidados com as lentes.

Você já ouviu falar de miopia degenerativa? Também conhecida como miopia patológica ou alta miopia, esta é uma condição ocular grave que pode levar à perda significativa da visão. 

Diferente da miopia comum, que pode ser corrigida com óculos ou lentes de contato, a degenerativa está associada a alterações estruturais no globo ocular que aumentam o risco de complicações a longo prazo.

Este artigo aborda as causas, sintomas, diagnóstico e possíveis tratamentos para a miopia degenerativa.

O que é Miopia Degenerativa?

A miopia degenerativa, frequentemente denominada miopia patológica, é caracterizada por alongamento axial progressivo do globo ocular, levando a alterações estruturais na retina, coroide e esclera, com risco aumentado de complicações visuais graves, como degeneração macular miópica. 

Entre suas características principais pode-se citar: 

  • Grau elevado de miopia (geralmente acima de -6,00 dioptrias);
  • Crescimento anormal do olho, levando a um alongamento da esclera e da retina;
  • Risco aumentado de complicações oculares, como atrofia da retina, catarata, glaucoma, descolamento de retina e neovascularização coroidal.

Causas e fatores de risco da condição

1. Maior comprimento axial (AL): o alongamento axial é o fator de risco mais fortemente associado tanto ao início quanto à progressão da miopia patológica. Estudos longitudinais e meta-análises mostram que cada aumento de 1 mm no comprimento axial está associado a um risco significativamente maior de desenvolvimento e progressão de miopia degenerativa.

2. Esfericidade refracional mais negativa (SER): quanto mais negativo o equivalente esférico, maior o risco de miopia degenerativa. A gravidade da miopia (SER mais negativo) está consistentemente associada a maior risco de alterações degenerativas.

3. Idade avançada: o risco de desenvolvimento e progressão de alterações degenerativas aumenta com a idade, refletindo o efeito cumulativo do alongamento axial e das alterações estruturais ao longo do tempo.

Homem bonito e elegante, usando óculos de graus, sentado em uma poltrona, sorri para a câmera.

4. Fundo miópico: a presença de fundo reticulado (padrão retiniano característico com rarefação do epitélio pigmentar) é um preditor independente para o desenvolvimento de degeneração macular miópica, com risco aumentado identificado em estudos populacionais.

5. Histórico familiar de miopia: a presença de miopia em familiares, especialmente em casos de miopia alta, está associada a maior risco de progressão rápida e desenvolvimento de complicações degenerativas, sugerindo forte componente genético.

6. Nível educacional elevado: maior nível de escolaridade, frequentemente associado a mais anos de estudo e maior exposição a atividades de perto, está relacionado a maior risco de progressão da miopia patológica.

7. Outros fatores: evidências mais fracas sugerem que pressão intraocular elevada, hipertensão sistêmica e maior gravidade da maculopatia miópica basal podem estar associados à progressão, mas esses achados ainda carecem de confirmação robusta.

Fatores ambientais clássicos para o desenvolvimento de miopia, como pouco tempo ao ar livre e excesso de atividades de perto, têm papel mais estabelecido na gênese e progressão da miopia simples, mas podem contribuir indiretamente para o risco de miopia degenerativa ao favorecer o desenvolvimento de miopia alta em idades precoces.

Em resumo, os principais fatores de risco para miopia degenerativa são comprimento axial aumentado, miopia mais grave (SER mais negativo), idade avançada, fundo miópico, histórico familiar de miopia e maior nível educacional, com fatores ambientais desempenhando papel relevante na gênese da miopia alta.

Sintomas da Miopia Degenerativa 

Além da dificuldade em enxergar de longe, os sintomas podem incluir:

  • Visão turva ou distorcida mesmo com correção óptica;
  • Manchas escuras ou flashes de luz (sinais de descolamento de retina);
  • Perda da visão central (em casos de degeneração macular miópica);
  • Dificuldade para enxergar à noite (nictalopia);
  • Se não tratada, a condição pode levar à cegueira legal (visão inferior a 20/200 mesmo com correção).

Diagnóstico 

O diagnóstico é feito por um oftalmologista por meio da realização de exames como:

  • Refração ocular (para medir o grau de miopia);
  • Fundoscopia (avaliação da retina e do nervo óptico);
  • Tomografia de coerência óptica (OCT) (para detectar afinamento da retina);
  • Angiografia fluoresceínica (se houver suspeita de neovascularização coroidal).
Pessoa segurando um óculos de grau através do qual se vê, de forma embaçada, uma rua com prédios e árvores. Um dos sintomas da miopia degenerativa é a visão turva, embaçada.

Complicações que podem estar associadas à doença

Pacientes com miopia degenerativa têm maior risco de desenvolver:

  • Descolamento de retina (emergência médica que requer cirurgia);
  • Degeneração macular miópica (perda da visão central);
  • Glaucoma (aumento da pressão intraocular);
  • Catarata precoce.

Tratamento, manejo e prevenção da condição. 

Não há cura para a miopia degenerativa, mas algumas abordagens podem retardar a progressão da doença e tratar complicações:

1. Controle da progressão 

  • Colírios de atropina em baixa concentração – estudos mostram redução na progressão em crianças;
  • Lentes de contato especiais (ortoceratologia noturna);
  • Aumento do tempo ao ar livre – a exposição à luz solar, na infância, pode reduzir o risco de desenvolvimento da Miopia Degenerativa.

2. Tratamento de complicações 

  • Injeções antiangiogênicas para neovascularização coroidal;
  • Fotocoagulação a laser em casos de rupturas retinianas;
  • Cirurgia de retina para os casos de descolamento ou buracos maculares.

3. Acompanhamento regular 

Pacientes com Miopia Degenerativa devem fazer exames oftalmológicos anuais (ou semestrais, dependendo da gravidade) para monitorar possíveis complicações da condição.

4. Prevenção

Embora a genética seja um fator importante, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco:

  • Limitar o tempo de telas e garantir boa iluminação ao ler.
  • Incentivar atividades ao ar livre para crianças. 
  • Usar óculos com proteção UV e lentes com filtro de luz azul. 

A miopia degenerativa é uma condição ocular séria que exige acompanhamento médico constante. Embora não tenha cura, intervenções precoces podem retardar sua progressão e prevenir complicações graves. Pessoas com alta miopia devem estar atentas a sintomas como visão turva repentina ou flashes de luz e procurar imediatamente um oftalmologista. 

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