À medida que vamos envelhecendo, é comum percebermos certa dificuldade crescente para realizar atividades que exijam leitura de perto, como é o caso de mexer no celular, ler textos com letras pequenas ou enxergar com clareza os pequenos detalhes do cotidiano. Esse problema visual é conhecido como Presbiopia, ou “vista cansada”. A boa notícia é que dentre as técnicas disponíveis e mais atuais para a correção deste erro refrativo está a cirurgia Presbyond.
A cirurgia refrativa Presbyond é uma técnica de ponta desenvolvida para corrigir a Presbiopia por meio de um tratamento com laser moderno, eficaz e seguro. Porém, seu sucesso depende diretamente de uma seleção criteriosa de candidatos e de uma avaliação pré-operatória extremamente detalhada. Não se trata de um procedimento para todos, mas sim para um perfil específico de paciente que possui as condições oculares ideais para aproveitar ao máximo seus benefícios.
Este artigo tem como objetivo esclarecer como se dá a escolha dos candidatos ideais ao procedimento e como é realizada a avaliação pré-operatória do paciente que pretende realizá-lo.
Para quem é indicada a Presbyond?
Conforme esclarecemos no texto anterior , Presbyond é uma cirurgia projetada, primariamente, para um grupo específico: pessoas com presbiopia (“vista cansada”), geralmente entre os 40 a 55/60 anos, que desejam reduzir ou eliminar a dependência de óculos para todas as distâncias. Acima desta idade, a indicação é a realização de cirurgia com implante de lente intraocular.
Dentro desse grupo específico, os candidatos ideais se enquadram nas seguintes categorias:
- Presbitas com Hipermetropia ou Miopia: pessoas que já usavam óculos para longe e, com a chegada da Presbiopia, passaram a precisar de lentes ocupacionais ou progressivas. A Presbyond corrige ambos os problemas simultaneamente.
- Emétropes com Presbiopia: indivíduos que sempre tiveram visão perfeita à distância e, com a idade, geralmente acima de 40 anos, começaram a precisar de óculos apenas para perto (“vista cansada”). Estes são candidatos que também podem se beneficiar, pois a cirurgia visa manter a visão de longe que já possuem e adicionar a visão de perto.
- Pacientes com Astigmatismo leve a moderado: a técnica pode corrigir o astigmatismo em conjunto com a presbiopia e o erro refrativo esférico (miopia/hipermetropia).
- Indivíduos que procuram mais liberdade visual: técnica indicada para quem pretende livrar-se da necessidade do uso de óculos para ler.
Condições oculares essenciais para candidatura
- Idade e Presbiopia: o paciente deve ter a presbiopia já estabelecida, tipicamente a partir dos 40 anos. A técnica não é preventiva.
- Espessura e saúde corneal adequadas: a córnea deve ser suficientemente espessa para suportar o remodelamento realizado pelo laser. Esta é uma das avaliações mais críticas.
- Saúde ocular geral: o paciente não deve apresentar doenças oculares ativas ou não controladas, como ceratocone, catarata, glaucoma, síndrome do olho seco ou doenças na retina.
O processo de avaliação do paciente: meticulosidade e tecnologia.

A avaliação pré-operatória para a Presbyond é um processo abrangente e demorado, indo muito além de uma simples consulta de rotina. Seu objetivo é garantir a segurança do paciente e prever a eficácia do procedimento.
Geralmente envolve:
1. Anamnese detalhada e expectativas realistas
O cirurgião inicia a avaliação com uma conversa profunda para entender o estilo de vida, profissão, hobbies, histórico ocular e comorbidades associadas, e , principalmente, as expectativas do paciente.
2. Exame minucioso da refração
É importante o paciente estar no mínimo há 1 semana sem usar lentes de contato para realizar os exames. Os testes de refração ( verificar o grau ) são realizados de forma minuciosa, detalhada, incluindo a refração dinâmica e estática (sob dilatação pupilar).
3. Avaliação da dominância ocular
Este é um passo único e fundamental para o sucesso da Presbyond. Assim como temos uma mão dominante, temos um olho dominante (que o cérebro prioriza para tarefas como mirar). Nesta cirurgia, o planejamento é assimétrico:
- Olho dominante: é programado para dar uma ligeira prioridade à visão de longe/intermediária;
- Olho não-dominante: é programado para dar uma ligeira prioridade à visão de perto/intermediária.
Essa microdiferença, combinada com o desenho de profundidade de foco, é o que permite ao cérebro fundir as imagens e escolher o foco correto. Testar a dominância com precisão é, portanto, um ponto crítico.
Os testes de dominância ocular (olho preferencial) são importantíssimos. São feitos quatro diferentes testes para se obter a certeza do resultado. É necessário avaliar o conforto e nitidez visual do paciente durante os testes para verificar se se trata ou não de um bom candidato para o procedimento.
Esta etapa é essencial para alinhar o que essa técnica de ponta pode oferecer com o que o paciente deseja.
4. Mapeamento completo da córnea (topografia e tomografia corneal)
Este é o pilar da avaliação! A topografia corneal cria um “mapa de relevo” da superfície da córnea, enquanto a tomografia gera um “mapa 3D”, mostrando sua forma e espessura. Estes exames são vitais para:
- Descarte de ceratocone ou outras ectasias subclínicas (uma contraindicação absoluta para a cirurgia);
- Verificar a regularidade da córnea;
- Planejar com precisão a quantidade de tecido a ser removido pelo laser, garantindo que se permaneça dentro dos limites de segurança.
5. Análise da qualidade e quantidade de lágrimas
A cirurgia refrativa pode, temporariamente, piorar a sensação de secura ocular. Portanto, é essencial diagnosticar e tratar qualquer condição de Síndrome do Olho Seco preexistente antes de operar. Um olho seco severo e não tratado pode comprometer seriamente a qualidade visual e o processo de cicatrização pós-operatória.
6. Dilatação pupilar e exame do fundo de olho
A pupila é dilatada para permitir que o oftalmologista examine as estruturas internas do olho, como o cristalino (para detectar sinais precoces de catarata), a retina e o nervo óptico. Qualquer anomalia detectada pode ser uma contraindicação ou exigir tratamento prévio.
Portanto, pode-se dizer que a indicação para a Presbyond é uma espécie de “quebra-cabeça” complexo. O cirurgião junta as peças provenientes da anamnese, dos exames de alta tecnologia e da avaliação da saúde ocular global para montar um quadro completo do paciente.
Somente quando todas as peças se encaixam, confirmando que os benefícios superam amplamente os riscos e que as expectativas são realistas, o paciente é considerado um candidato ideal para usufruir dessa tecnologia refinada que é a Presbyond.

7. Exames Complementares
Outros exames como tonometria (medida da pressão intraocular) e exame de motilidade ocular são também importantes na avaliação pré-operatória.
Vamos cuidar disso juntos?
Com anos de experiência, meu foco é ajudar os pacientes a VEREM o mundo da melhor maneira possível por meio de tratamentos modernos e de acordo com cada particularidade. Vamos agendar uma consulta e entender como podemos cuidar da sua saúde?
Dra Terla Castro
Médica Oftalmologista
CRM 22717
RQE 13628
Especialista em Córnea, Cirurgia do Ceratocone, Cirurgia Refrativa, Cirurgia de Catarata, Implante de Lentes intra oculares e Lentes de Contato.
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