Recém-nascido chorando enquanto é examinado por pediatra.

O QUE É CATARATA CONGÊNITA? 

Entre as doenças oftalmológicas que podem afetar os recém-nascidos está a Catarata Congênita. Esta condição ocular caracteriza-se por uma opacidade que se desenvolve no cristalino do olho desde o nascimento (leucocoria) . A turvação pode variar em gravidade, desde pequenas áreas turvas até cobrir todo o cristalino. 

Geralmente, é causada por anormalidades no desenvolvimento do olho durante a gestação. Em nosso país, atinge um grande número de crianças, podendo resultar de malformações oculares congênitas, infecções intra-uterinas, síndromes genéticas, alterações sistêmicas com erros inatos do metabolismo, hereditariedade, uso de medicamentos, radiação ou ser idiopática.

A catarata congênita pode afetar um ou ambos os olhos e pode resultar em visão prejudicada ou até mesmo cegueira, caso não seja tratada precocemente. O diagnóstico da condição é feito no exame oftalmológico completo que deve ser realizado até os 6 meses de vida. Na maternidade é realizado o Teste do Reflexo Vermelho (TRV) , o “Teste do Olhinho”, como é conhecido pela maioria das pessoas, para uma primeira avaliação. Este teste é importante como screening, mas é apenas no exame completo que é de fato evidenciada a patologia. 

Menino recém-nascido, enroladinho em manta, dorme na caminha da maternidade. Conceito de catarata congênita e necessidade do teste do olhinho.

A catarata congênita é considerada uma urgência oftalmológica, uma vez que se não tratada muito precocemente (em poucos dias ou meses de vida) determinará o não desenvolvimento sensorial da visão, denominado de ambliopia, uma causa de baixa de visão irreversível. Com intervenção precoce e acompanhamento adequado, bebês com catarata congênita podem ter uma visão significativamente recuperada e uma qualidade de vida melhor. 

Sinais da Catarata Congênita e Diagnóstico por meio do “Teste do Olhinho” 

A mancha esbranquiçada na superfície dos olhos, nem sempre visível , é o principal sinal de catarata congênita. Esta só é visualizada quando há a incidência de luz no cristalino. Por essa razão, o teste do reflexo vermelho é de suma importância. No entanto, a opacidade do cristalino não é o único sinal da doença ocular. Outros sinais que podem indicar a condição são dificuldade para fixar objetos e estrabismo. 

O “teste do olhinho”, ou teste do reflexo luminoso, é uma avaliação simples e fundamental realizada em recém-nascidos para detectar a não transparência dos meios ópticos por possíveis problemas oculares, não só catarata congênita, como tumores oculares e outras anomalias. Ele costuma ser realizado durante a primeira semana de vida do bebê. 

Durante o teste, um feixe de luz é direcionado para os olhos do bebê, e um instrumento (oftalmoscópio) é utilizado para observar a reflexão vermelha que ocorre na retina. Quando saudável,  indica que a luz está passando adequadamente pelo olho, enquanto a ausência ou anormalidade pode indicar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada por um oftalmologista pediátrico. Esta avaliação é importante para garantir a saúde visual e o desenvolvimento adequado dos bebês desde os primeiros dias de vida. 

Bebê sendo colocado nos braços da mãe logo após o parto. O pai olha com carinho o filho.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) defendem a realização do teste do olhinho em todos os bebês logo após o nascimento, a fim de detectar qualquer alteração que possa causar obstrução no eixo visual e uma possível cegueira. Desde junho de 2010, o pagamento do mesmo é obrigatório por todos os planos de saúde,segundo decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entretanto, antes disso, em muitos estados e cidades, o exame foi institucionalizado e é realizado em maternidades públicas e também particulares até a alta do recém-nascido. 

Entretanto, é na consulta oftalmológica anual completa, no consultório, que a saúde ocular da criança é de fato avaliada. 

Vale destacar que a catarata congênita pode afetar apenas um olho do bebê ou ambos. Além do mais é capaz de provocar o aparecimento de outros distúrbios oftalmológicos, como a ambliopia (falha no desenvolvimento da capacidade de enxergar), o estrabismo e o nistagmo (movimento involuntário dos olhos).  

Quais as Causas da Catarata Congênita? 

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 60% da Catarata Congênita em bebês não tem uma causa específica. Entretanto, sabe-se que ela se desenvolve durante o período gestacional. Assim, algumas das possíveis razões estão ligadas às condições de saúde da gestante. Entre elas:

  • Hereditariedade;
  • Diabetes; Doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose, rubéola ou sarampo); 
  • Doenças autoimunes; 
  • Alterações metabólicas; 
  • Distúrbios do metabolismo;
  • Determinados medicamentos.

Outro dado importante é que, ainda que a catarata congênita seja mais comum em recém-nascidos, os bebês mais velhos e as crianças também podem ter este diagnóstico. Sendo assim, a doença ocular é conhecida por Catarata Pediátrica. 

Prevenção e Tratamentos para a Condição Ocular  

A prevenção da condição ocular em bebês e crianças deve ser realizada por meio de imunização para rubéola antes da gestação, pelo acompanhamento durante o pré-natal e também, quando detectada precocemente, pelo encaminhamento imediato ao tratamento adequado. 

O tratamento costuma envolver cirurgia para remoção da catarata – da mesma forma que para adultos – e, em seguida, por meio da correção da visão com o uso de óculos ou lentes de contato. É importante salientar que o mesmo dependerá do tipo e da gravidade da doença. 

No caso da doença estar presente já no nascimento do bebê, a cirurgia deve ser feita precocemente. Já para as parciais, a indicação de procedimento cirúrgico será mediante avaliação individual realizada pelo oftalmologista. 

Pezinhos de recém-nascido

Existe um tipo de catarata, chamada de polar anterior, a qual geralmente surge de causas genéticas. Neste caso, raramente a intervenção cirúrgica é necessária, em razão da área afetada ser bem limitada. Sendo assim, o tratamento poderá ser realizado por meio da prescrição de medicações ou colírios. 

Para os outros tipos de catarata, o tratamento costuma ser cirúrgico, e deverá ser feito durante as 6 primeiras semanas de vida do bebê ou até, no máximo, os 3 primeiros meses. Cabe ao oftalmologista e ao médico pediatra decidir o melhor momento para isso. 

Para a remoção da catarata congênita há várias técnicas cirúrgicas, como facectomia extracapsular, lensectomia via pars plana e facoemulsificação, com ou sem implante de lente intraocular.  A escolha da mesma dependerá das características da doença e de outros fatores, como a idade do paciente, a presença da catarata em um ou ambos os olhos, e malformações associadas.

Vamos cuidar disso juntos?   

Com anos de experiência, meu foco é ajudar os pacientes a VEREM o mundo da melhor maneira possível por meio de tratamentos modernos e de acordo com cada particularidade. Vamos agendar uma consulta e entender como podemos cuidar da sua saúde?

Dra Terla Castro

Médica Oftalmologista 

CRM 22717

RQE 13628

Especialista em Córnea, Cirurgia do Ceratocone, Cirurgia Refrativa, Cirurgia de Catarata, Implante de Lentes intraoculares e Lentes de Contato. 

UNIDADE ZONA NORTE 

AV. CARLOS GOMES, 700 CJ. 301 – PORTO ALEGRE

WHATSAPP CLÍNICA OCULAR: (51) 99548 5666

TELEFONE FIXO CLÍNICA OCULAR: (51) 32731134 

UNIDADE ZONA SUL 

AV. DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 200 SALA 1007

ED. CRISTAL TOWER BARRA SHOPPING SUL

WHATSAPP CLÍNICA OCULAR: (51) 99861 2140

TELEFONE FIXO CLÍNICA OCULAR: (51) 2312.22.38

Av. Diário de Notícias, 200 sala 1007
ed. Cristal Tower Barra Shopping Sul