Casal de idosos abraçados e felizes em uma praça.

SAÚDE OCULAR NA 3ª IDADE – AO QUE FICAR ATENTO?

A saúde ocular necessita da nossa atenção durante toda a vida. Desde os anos iniciais até a idade mais avançada, diferentes quadros podem afetar o organismo e devem receber os devidos cuidados a fim de garantir sempre a melhor acuidade visual e qualidade de vida.

Aliás, a chamada terceira idade já é repleta de desafios em função de outros fatores, como mobilidade, força muscular e independência em diversos sentidos. A saúde ocular não precisa ser mais um destes desafios.

4 doenças que podem se desenvolver na 3ª idade e quais os possíveis tratamentos para cada uma delas.

  1. Presbiopia

Também conhecida como “vista cansada”, esta é uma condição ocular que afeta a capacidade de focar objetos próximos. É um processo natural que ocorre com o envelhecimento, devido à perda gradual da flexibilidade do cristalino. Os sintomas incluem:

  • Dificuldade em ler letras pequenas;
  • Necessidade de afastar objetos para enxergar com clareza;
  • Fadiga ocular.
Idoso com dificuldade para fazer leitura de perto - sintoma da presbiopia.

Para atenuar ou solucionar o problema, as abordagens costumam ser:

Óculos de leitura: uma opção simples e eficaz para corrigir a visão de perto. Os óculos de leitura têm lentes com uma prescrição específica para a visão de perto, permitindo que o indivíduo veja objetos próximos com mais clareza;

Lentes de contato multifocais: possuem diferentes zonas de correção para visão de perto e de longe. Essas lentes permitem que o indivíduo enxergue objetos em diferentes distâncias sem precisar trocar constantemente de óculos;

Procedimentos cirúrgicos: a cirurgia pode ser feita a laser entre 40 e 55 anos ou por implante de lentes intraoculares multifocais a partir dos 55 anos. É importante discutir com um oftalmologista a opção mais adequada para cada caso em específico.

  1. Síndrome do Olho Seco

A síndrome do olho seco é um problema que ocorre na produção ou na qualidade da lágrima e que provoca o ressecamento da superfície do olho, da córnea e da conjuntiva, causando desconforto e irritação nos olhos. Em casos mais graves, pode gerar uma úlcera ou cicatriz na córnea.

Entre o s sintomas estão: 

  • Olhos vermelhos e secos;
  • Sensação de poeira ou areia nos olhos;
  • Coceira;
  • Ardência nos olhos; 
  • Sensibilidade à luz;
  • Desconforto ao usar o computador, ver TV ou ler;
  • Visão embaçada, borrada ou dupla que melhora se o paciente piscar várias vezes;
  • Lacrimejamento excessivo.
Senhora da 3ª idade trabalhando  com um notebook num local bem iluminado. Aparenta saúde ocular perfeita.  
O excesso de horas frente a telas é uma das causas da Síndrome do Olho Seco.

O tratamento costuma ser feito com a aplicação de lágrimas artificiais (lubrificantes oculares) sob a forma de colírio ou pomada. Os mesmos aliviam os sintomas e, geralmente, não apresentam efeitos adversos. No entanto, é indispensável identificar e controlar as causas desse distúrbio.

  1. Catarata

A catarata é uma alteração ocular que ocorre pela redução e perda de transparência do cristalino (lente natural do olho). Isso provoca má qualidade visual podendo levar até mesmo à cegueira. Em geral,  a progressão é lenta e pode afetar primeiro um olho e depois o outro.  

A sua causa pode ser bem variada, ainda que a principal seja a idade avançada – atinge predominantemente pessoas com mais de 60 ou 65 anos. Entre os outros estão: doenças inflamatórias e infecciosas, traumas nos olhos, diabetes, uso de medicamentos, tabagismo, exposição exagerada à luz solar, etc.

O principal sintoma da catarata é, sem dúvidas, a visão nebulosa, mas existem outros problemas como enxergar brilhos e círculos ou objetos duplicados, bem como ter sensibilidade à luz. 

O tratamento é unicamente cirúrgico. O procedimento, apesar de exigir alta tecnologia e treinamento avançado para ser executado com os melhores recursos disponíveis atualmente, é rápido e seguro. Consiste na substituição da lente natural do olho, o cristalino que está opacificado, por uma lente artificial que o substituirá.  

Olho humano com catarata.

Existem dois tipos diferentes de técnicas, uma em que se retira o cristalino inteiro, a extração extra-capsular, e outra, mais atual, a facoemulsificação por ultrassom, na qual um aparelho fragmenta a catarata e permite sua aspiração para, logo após, ser inserida a lente intraocular. A fragmentação do cristalino por laser de femtosegundo é o avanço mais recente da técnica cirúrgica, entretanto ainda menos executada pois o alto custo não suplantam os benefícios.

  1. Glaucoma 

A doença é um distúrbio degenerativo crônico e progressivo do nervo óptico que produz danos característicos no campo visual. O glaucoma não tem cura e é capaz de causar cegueira se não for tratado a tempo. Vale destacar que 80% dos casos não apresentam sintomas no início da doença. Logo, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão.  

O glaucoma desenvolve-se lentamente, durante meses ou anos e, numa fase inicial, não causa sintomas que possam indicar o aumento da pressão intraocular. O seu tipo mais comum é o de ângulo aberto. 

O glaucoma pode causar: 

  • Dor e vermelhidão nos olhos;   
  • Diminuição do campo de visão;
  • Aumento da pupila ou do tamanho dos olhos;
  • Visão turva e embaçada;
  • Dificuldade para enxergar no escuro;
  • Visão de arcos em volta das luzes;
  • Lacrimejamento e sensibilidade excessiva à luz;
  • Dor de cabeça forte, náuseas e vômitos.
Na 3ª idade, entre os sintomas do glaucoma estão visão embaçada e dor de cabeça. Na imagem, uma senhora segura os óculos em uma mão enquanto a outra está sobre os olhos.

Para tratar o glaucoma, são usados colírios que diminuem a pressão intraocular e, geralmente, evitam a progressão da doença. Porém, o dano estabelecido não pode ser revertido. Em casos específicos, o tratamento a laser e a cirurgia podem ser recomendados.

5) Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

A condição é causada pela degeneração da mácula, estrutura localizada na parte posterior do olho e responsável pela visão central. É uma doença multifatorial, mas que está intimamente ligada ao envelhecimento natural que ocorre no organismo, razão pela qual acomete principalmente pacientes idosos, sobretudo maiores de 70 anos.

Inicialmente a DMRI apresenta poucos sintomas, muitas vezes imperceptíveis. Com a progressão da doença, os principais são vista embaçada, percepção de escotoma na região central da visão e redução do campo de visão. Nas fases mais avançadas, o paciente pode referir distorção de imagens e até mesmo perda total da visão de um olho. 

A condição apresenta-se em duas formas, chamadas de “úmida” e “seca”, sendo a segunda a mais frequente e também com menor probabilidade de provocar cegueira. A forma úmida, por sua vez, pode levar à perda acentuada da visão central. Em sua fase inicial, a DMRI é unilateral, todavia o acometimento macular no olho contralateral tem risco aumentado.

Imagem distorcida da natureza, em especial de uma árvore. Este é um dos sinais da DMRI em estágios mais avançados. A condição costuma acometer pessoas a partir dos 70 anos.

O tratamento dependerá do estágio em que a doença se encontra. Nas fases iniciais, nenhum tratamento é recomendado. Neste caso, a recomendação é se atentar aos fatores de risco que são evitáveis, como o tabagismo e a obesidade, por exemplo. 

Nas fases intermediárias, pode ser recomendado o uso de suplementos vitamínicos que, apesar de não serem considerados medicações para cura do quadro, são eficazes em reduzir o risco de progressão da condição para casos mais graves.

Na forma exsudativa ou neovascular existem algumas opções de tratamento capazes de impedir a evolução da doença, reduzir o possível impacto na visão do paciente e tratar as complicações secundárias ao quadro. A mais considerada, atualmente, é o uso de injeção intravítrea de anti-angiogênicos (ANTI-VEGF). Sua reaplicação pode ser necessária sucessivas vezes, desde esquemas mensais ou progressivos a esquemas nos quais se pode avaliar, a cada mês, a necessidade ou não de uma nova aplicação.

Vamos cuidar disso juntos?

Com anos de experiência, meu foco é ajudar os pacientes a VEREM o mundo da melhor maneira possível por meio de tratamentos modernos e de acordo com cada particularidade. Vamos agendar uma consulta e entender como podemos cuidar da sua saúde?

Dra Terla Castro

Médica Oftalmologista 

CRM 22717

RQE 13628

Especialista em Córnea, Cirurgia do Ceratocone, Cirurgia Refrativa, Cirurgia de Catarata, Implante de Lentes intraoculares e Lentes de Contato. 

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