Mãos masculinas acendem um cigarro com isqueiro.

TABAGISMO E SEUS EFEITOS NA SAÚDE OCULAR

 UM RISCO INVISÍVEL

O uso do tabaco é um dos maiores vilões da saúde pública global, sendo responsável por uma vasta gama de males que atingem praticamente todos os órgãos do corpo. Seu consumo, principalmente por meio do fumo, está diretamente ligado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), ao enfisema pulmonar e à bronquite crônica (DPOC), e a diversos tipos de câncer, com destaque para o de pulmão, boca, laringe, esôfago e bexiga. No entanto, os danos extensos do tabagismo também atingem um órgão vital e sensível: os olhos. 

Muito além de um simples incômodo, a fumaça do cigarro contém milhares de elementos tóxicos, muitos deles carcinogênicos que promovem um estado de inflamação crônica e estresse oxidativo no organismo, acelerando o envelhecimento celular, comprometendo o sistema imunológico e agravando condições como diabetes e hipertensão. Em relação à saúde ocular, por meio da corrente sanguínea e do contato direto, as substâncias tóxicas causam estragos na saúde dos olhos, acelerando o envelhecimento celular e aumentando exponencialmente o risco de doenças oftalmológicas graves e irreversíveis. 

Este texto pretende expor os graves danos causados pelo tabagismo à saúde dos olhos e, além disso, incentivar o abandono do fumo como a medida mais eficaz para reduzir o risco de complicações à nossa saúde geral e melhorar nossa expectativa e qualidade de vida.

Quais são os mecanismos de ataque à saúde ocular? 

O tabagismo é extremamente prejudicial para a saúde ocular, atuando como um fator de risco significativo para doenças que podem levar à perda irreversível da visão.Os danos causados pelo uso do tabaco ocorrem por múltiplos mecanismos. A fumaça promove estresse oxidativo, gerando uma quantidade excessiva de radicais livres que danificam as células sensíveis da retina e do cristalino. 

Simultaneamente, causa vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) e prejudica a circulação, reduzindo o fluxo de sangue e nutrientes essenciais para os tecidos oculares. Além disso, inflama os vasos sanguíneos, aumentando o risco de oclusões vasculares na retina. 

Principais doenças oculares associadas ao tabagismo  

Jovem empresário, pensativo, bem vestido e usando óculos de grau,  fuma um cigarro enquanto toma seu café.

O uso do tabaco aumenta drasticamente a probabilidade de desenvolver, entre outras doenças oculares, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) – principal causa de cegueira em idosos –, catarata precoce, oclusões vasculares da retina (que causam perda súbita da visão) e síndrome do olho seco. Além disso, fumantes com diabetes têm um risco muito maior de sofrer progressão acelerada da retinopatia diabética. 

Entre as doenças oculares ligadas ao tabagismo pode-se citar: 

  • Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI): esta é a principal causa de cegueira irreversível em pessoas idosas, e o tabagismo é o seu maior fator de risco controlável. Fumantes têm de duas a quatro vezes mais probabilidade de desenvolver a forma mais grave da doença, a DMRI exsudativa (neovascular). As toxinas do cigarro afetam diretamente a mácula, a área central da retina responsável pela visão de detalhes, cores e leitura, levando à sua deterioração.
  • Catarata: fumantes podem desenvolver catarata precoce com maior frequência. As toxinas acumulam-se no cristalino, a lente natural do olho, tornando-o opaco. Estudos mostram que fumar duplica o risco de formação de catarata, exigindo intervenção cirúrgica em idades mais precoces.
  • Retinopatia Diabética: para indivíduos diabéticos, o tabagismo é particularmente perigoso. Ele agrava os danos vasculares causados pela diabetes na retina, acelerando a progressão da retinopatia diabética e aumentando o risco de hemorragias, descolamento de retina tracional e cegueira.
  • Oclusões Vasculares da Retina: o fumo contribui para a formação de coágulos sanguíneos. Estes podem obstruir veias ou artérias da retina (oclusão de veia ou artéria central da retina), causando perda de visão súbita, severa e muitas vezes permanente.
  • Síndrome do Olho Seco: a fumaça do cigarro é um irritante ocular direto. Ela desestabiliza o filme lacrimal, exacerbando a sensação de ardor, coceira, corpo estranho e vermelhidão. Fumadores passivos também estão sujeitos a este efeito.
  • Neuropatia Óptica: em casos graves, o tabagismo pode levar a danos no nervo óptico (neuropatia óptica tóxica), resultando em perda de visão permanente.

O impacto e a esperança 

A consequência mais aterradora destas doenças é que os danos são, na sua maioria, irreversíveis. A perda de visão causada pela DMRI avançada ou por uma oclusão vascular, por exemplo, não pode ser recuperada. O tratamento, quando existe, visa travar a progressão da doença, mas não reverter o dano já instalado. Este é o perigo!

Parar de fumar, frente ao exposto, surge como forma de esperança, pois tem um impacto positivo imediato e a longo prazo. O risco de desenvolver doenças começa a diminuir logo após cessar o hábito. Após 20 anos sem fumar, por exemplo, o risco de catarata aproxima-se do de um não-fumador. O mesmo vale para a maioria das outras complicações oculares.

Os olhos são janelas não apenas para a alma, mas também para a saúde vascular e sistêmica do corpo. Nesse sentido, o tabagismo é uma ameaça direta à visão, sendo um fator de risco significativo para doenças que roubam a capacidade de ver o mundo com clareza. 

Punho cerrado de um homem amassa alguns cigarros que estão sobre a mesa e também na palma de sua mão. 
Apelo claro ao abandono do tabagismo.

Proteger a visão é um motivo poderoso, muitas vezes esquecido, para abandonar o vício do cigarro. Por isso, consultas regulares ao oftalmologista são essenciais para todos, mas são extremamentes importantes para fumadores e ex-fumadores, permitindo a deteção precoce de quaisquer alterações e a preservação da visão. Decidir parar de fumar é, literalmente, uma decisão de ver a vida de forma mais clara! E isso já vale como uma excelente reflexão sobre sua saúde.

Vamos cuidar disso juntos?      

Com anos de experiência, meu foco é ajudar os pacientes a VEREM o mundo da melhor maneira possível por meio de tratamentos modernos e de acordo com cada particularidade. Vamos agendar uma consulta e entender como podemos cuidar da sua saúde?

Dra Terla Castro

Médica Oftalmologista 

CRM 22717

RQE 13628

Especialista em Córnea, Cirurgia do Ceratocone, Cirurgia Refrativa, Cirurgia de Catarata, Implante de Lentes intraoculares e Lentes de Contato. 

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