COMBINAÇÃO DE TRANSPLANTE ENDOTELIAL E FACOEMULSIFICAÇÃO COM IMPLANTE DE LENTE INTRAOCULAR 

close up de olho claro feminino fazendo exame oftalmológico.

A Distrofia Endotelial de Fuchs (DEF) é uma doença bilateral, degenerativa e de caráter hereditário que afeta as células endoteliais da córnea, levando a edema, perda de transparência e diminuição progressiva da acuidade visual. Em muitos casos, os pacientes também apresentam catarata, o que exige uma abordagem cirúrgica combinada de Transplante Endotelial e Facoemulsificação com implante de lente intraocular.

Nesses casos, geralmente a opção é a cirurgia conhecida como FACO-DMEK (Facoemulsificação combinada com Ceratoplastia Endotelial da Membrana Descemet – DMEK). Esta tem se consolidado como uma técnica eficaz para o tratamento simultâneo da catarata e da disfunção endotelial, proporcionando recuperação visual mais rápida e menor risco de rejeição em comparação com técnicas tradicionais. 

De acordo com pesquisas, nos últimos anos, o transplante endotelial ou lamelar posterior vem sendo empregado como primeira opção nas endoteliopatias, tendo a DEF como uma das principais indicações para o procedimento. Neste artigo, vamos explorar as indicações da FACO-DMEK, suas vantagens, o passo a passo da cirurgia, seus desafios e prognósticos. 

Quais são as indicações da FACO-DMEK? 

A cirurgia combinada é indicada para pacientes com:

  • Distrofia de Fuchs em estágio moderado a avançado com comprometimento visual significativo;
  • Catarata clinicamente relevante associada à disfunção endotelial;
  • Edema corneal persistente não responsivo a tratamento clínico.
Mulher loira, demostrando sinais de desconforto visual, esfrega os olhos enquanto segura os óculos de grau.

Vantagens da DMEK sobre outras técnicas 

A DMEK é atualmente o padrão-ouro para o transplante endotelial devido a:

  • Melhor qualidade visual (menos aberrações ópticas que a DSAEK);
  • Menor risco de rejeição (apenas a camada de Descemet e endotélio são transplantadas);
  • Recuperação mais rápida (em comparação com a ceratoplastia penetrante – PK);
  • Técnica minimamente invasiva (sem suturas profundas).

Técnica cirúrgica da FACO-DMEK 

A cirurgia é realizada em duas etapas principais:

1. Facoemulsificação e Implante de Lente Intraocular (LIO) 

  • Procedimento para realizar, primeiramente, a remoção da catarata;
  • Implante de LIO (geralmente monofocal, podendo ser implantada uma lente de foco estendido para presbiopia);
  • Cuidados especiais para minimizar trauma endotelial.

2. Transplante Endotelial (DMEK) 

  • Preparo do enxerto;
  • Inserção do enxerto: o tecido doador é enrolado (“scroll”) e inserido através de uma pequena incisão;
  • Posicionamento cuidadoso para evitar inversão do tecido;
  • Aplicação de bolha de ar ou gás (SF6/C3F8) para adesão do enxerto.

Recuperação pós-operatória 

  • Nas primeiras 48h, é preciso posicionamento em decúbito dorsal para auxiliar a adesão do enxerto.
  • Uso de corticosteroides tópicos por meses a anos para prevenir rejeição.
  • A visão estabilizada em 1–3 meses, com melhora gradual à medida que o endotélio se recupera.
  • A acuidade visual final dependerá da saúde da córnea e da retina subjacente.
Primeira etapa do transplante endotelial no caso de catarata: facoemulsificação com implante de lente intraocular (LIO).

Desafios e complicações potenciais para o procedimento 

  • Falha de adesão do enxerto  com necessidade de nova intervenção ou rebubbling em 15-30% dos casos.
  • Rejeição imunológica  – menos comum que na PK, mas ainda possível.
  • Aumento da pressão intraocular no pós-operatório devido ao gás ou ar injetados.
  • Edema corneal persistente, se o enxerto não se integrar adequadamente.

Resultados e prognóstico da cirurgia

Estudos mostram que a FACO-DMEK oferece:

  • ≥ 80% de sucesso anatômico em 1 ano;
  • Melhora significativa da acuidade visual (20/40 ou melhor em 70–80% dos casos);
  • Baixa taxa de rejeição (<5% em 5 anos).

A combinação de facoemulsificação com DMEK é uma abordagem eficaz para pacientes com Distrofia de Fuchs e Catarata, proporcionando recuperação visual mais rápida e com menor morbidade, se comparada a técnicas tradicionais. Certamente, a seleção adequada de pacientes, a técnica cirúrgica refinada e o manejo pós-operatório cuidadoso, além de essenciais, garantem o sucesso do procedimento! 

Importante destacar que, com os avanços contínuos na cirurgia endotelial, a DMEK tornou-se a primeira escolha para o tratamento da Distrofia de Fuchs e Catarata , oferecendo resultados visuais superiores e maior segurança.

Vamos cuidar disso juntos?     

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