A visão é um dos sentidos mais importantes para o ser humano, pois permite a percepção do mundo ao nosso redor, facilitando a interação com o ambiente e a realização de tarefas do cotidiano. Em torno de 80% das informações que recebemos são processadas por meio dos olhos, o que torna este órgão dos sentidos essencial para a aprendizagem, comunicação e segurança. Desde atividades simples, como caminhar e ler, até tarefas mais complexas, como dirigir ou praticar esportes, a capacidade de enxergar influencia diretamente em nossa qualidade de vida e independência.
Além disso, a visão está intimamente ligada ao desenvolvimento cognitivo e emocional. Problemas visuais que afetam o desempenho escolar, profissional e até o bem-estar psicológico, podem causar dificuldades de concentração, dores de cabeça e fadiga ocular. Por isso, cuidar da saúde dos olhos, por meio de consultas oftalmológicas regulares e hábitos saudáveis, como proteção contra a luz excessiva e alimentação equilibrada, é fundamental para manter uma boa qualidade de vida ao longo dos anos.
Entretanto, nem sempre conseguimos manter nossa saúde visual. Especialmente nos últimos tempos, em que vivemos uma época repleta de fatores prejudiciais à visão, como é o caso da exposição excessiva às telas dos dispositivos eletrônicos. Estudos comprovam que, cada vez mais, cresce o número de pessoas com problemas visuais, principalmente de crianças que já desenvolvem a miopia, por exemplo, a partir dos 5 anos de idade.
Ocorre que, grande parte das doenças oculares que podem levar à cegueira não apresentam sintomas iniciais. No entanto, quando identificadas a tempo, de maneira precoce, há possibilidade de revertê-las ou ao menos minimizar seus efeitos sobre a visão. Este é o caso da catarata, uma patologia que ainda gera muitas dúvidas para as pessoas.
Como a catarata afeta a visão?
De acordo com dados apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é uma condição ocular que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Ela caracteriza-se como uma doença ocular que causa a opacificação do cristalino, a lente natural dos olhos, que é responsável pela focalização das imagens.

Em outras palavras, a opacificação ocorre porque as proteínas no cristalino começam a se agrupar, formando áreas opacas que interferem na passagem da luz de forma gradual e indolor. Por isso, muitas vezes as pessoas demoram a perceber as mudanças na sua visão até que a doença esteja em estágios mais avançados, inclusive de cegueira. O que reforça a necessidade de visitas regulares ao oftalmologista.
Embora nem sempre perceptíveis inicialmente, os sintomas podem impactar significativamente a qualidade de vida do paciente. Alguns dos sinais são:
- Leve embaçamento da visão ou perda sutil de nitidez;
- Aumento da sensibilidade à luz e ofuscamento;
- Dificuldade para enxergar à noite;
- Mudanças na percepção das cores, com tons mais amarelados ou acastanhados;
- Necessidade frequente de trocar a prescrição dos óculos;
- Visão dupla em um olho;
- Dificuldade significativa em realizar tarefas cotidianas que exigem boa visão.
Cirurgia – a possibilidade de reverter a catarata
Em graus mais avançados, a catarata é capaz de provocar a cegueira. Porém, felizmente, essa perda da visão é reversível por meio de cirurgia ocular. Com o desenvolvimento de técnicas modernas, seguras e minimamente invasivas, já é possível operá-la ainda em seus estágios iniciais e recuperar a acuidade visual.

Entretanto, não é necessário esperar que a catarata atinja um grau mais severo para recorrer à cirurgia. Já é possível realizar o procedimento assim que a catarata interfira na qualidade ou quantidade de visão. O objetivo do procedimento é remover o cristalino que ficou opacificado e substituí-lo por uma lente intraocular (LIO). Além disso, por meio da cirurgia, o paciente também pode diminuir ou eliminar a dependência do uso de óculos para correção de outros erros refrativos.
Facoemulsificação – o adeus à catarata
O procedimento cirúrgico que elimina a catarata é conhecido como Facoemulsificação. Este permite a extração (aspiração) da catarata por meio de ultrassons que a fragmentam para, logo após, ser substituída por uma lente intraocular. A cirurgia é feita sob anestesia tópica (colírio anestésico), tem baixos índices de complicações e dura cerca de 10 minutos.
Não existe idade mínima – nem no caso de catarata congênita – para a realização da cirurgia , visto que ela pode afetar pessoas de todas as idades, ainda que grande parte das incidências se deem com pacientes idosos. O único requisito é que a saúde geral do paciente esteja dentro da normalidade. Por isso, antes de tudo, o oftalmologista solicita alguns exames clínicos e oftalmológicos.
Pós-operatório da cirurgia de catarata
O período pós-operatório costuma ser isento de complicações desde que sejam seguidas algumas recomendações essenciais do médico oftalmologista. Entre elas, a de utilizar alguns colírios durante um período de, mais ou menos, uns 45 dias para evitar inflamações e infecções oculares; fazer repouso relativo nas primeiras 12 horas e suspender atividades que requeiram grande esforço físico por uma ou duas semanas.
No dia seguinte, o paciente já pode realizar praticamente todas as tarefas. Já a recuperação visual de quem se submete à cirurgia de catarata por facoemulsificação é quase imediata. Normalmente a visão se reestabelece entre um a dois dias.

Vamos cuidar disso juntos?
Com anos de experiência, meu foco é ajudar os pacientes a VEREM o mundo da melhor maneira possível por meio de tratamentos modernos e de acordo com cada particularidade. Vamos agendar uma consulta e entender como podemos cuidar da sua saúde?