Passado o carnaval, o ano parece que começa a tomar sua forma e os brasileiros passam a retomar suas atividades de rotina. Entre elas, sem dúvidas, está a volta às aulas não só nas escolas públicas e privadas, como também nas universidades. São milhares de crianças, jovens e adultos que iniciam ou retomam a vida acadêmica.
Especialmente as famílias que têm filhos em idade escolar, nos dias que antecedem a volta às aulas, se veem envolvidas nas compras dos materiais escolares que serão necessários para o ano letivo. Porém, nem sempre percebem que, dentre tantos preparativos, verificar a saúde ocular também deveria ser prioridade. Afinal, é o desenvolvimento acadêmico de seus filhos que está em jogo, e estar em dia com a acuidade visual é essencial para o seu sucesso.

Vale destacar que esse cuidado não deve ser apenas direcionado aos menores, pois também os jovens adultos que cursam universidades, cursos técnicos, ensino médio noturno, entre outros, podem ter sua vida acadêmica prejudicada, caso não estejam em dia com sua saúde ocular.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, cerca de 285 milhões de pessoas no mundo têm a visão prejudicada, sendo que a maioria dos casos poderiam ser evitados – entre 60% e 80% – ou dispõem de tratamento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, sendo 500 mil cegas e cerca de 6 milhões com baixa visão. Estes dados oficiais são ainda do último Censo Demográfico, de 2010, já que ainda não foram divulgados os números do levantamento que está sendo feito desde 2022.
Por que o cuidado com a saúde ocular é tão importante para a vida acadêmica?
É indiscutível que a visão desempenha papel fundamental no desenvolvimento físico e psicossocial do educando, seja ele criança, adolescente, jovem ou adulto. Sendo assim, estar em dia com a saúde ocular é de extrema importância para garantir melhor desempenho no contexto escolar, especialmente durante as aulas.
A deficiência visual é uma questão de saúde pública responsável pela evasão escolar de 22,9% dos estudantes de ensino fundamental no Brasil, conforme levantamento do Programa Alfabetização Solidária. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% das crianças em idade escolar, no mundo, apresentam deficiência visual. No nosso país, especificamente, a estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é de que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum problema de visão.

Os problemas visuais, independentemente da idade e do nível de escolaridade no qual se encontra o estudante, se não detectados e não corrigidos, poderão repercutir de maneira desfavorável no desempenho acadêmico do mesmo, em sala de aula, não só a curto prazo, como também a longo prazo.
Problemas visuais que podem afetar a aprendizagem durante as aulas
Dentre os sintomas ocasionados pelos distúrbios visuais que prejudicam a aprendizagem do educando durante as aulas pode-se citar: desatenção anormal durante a atividade escolar, sonolência, piscar excessivo, dor de cabeça, alterações no seu estado emocional e psicológico, desinteresse, e até mesmo situações de indisciplina. Além dessas dificuldades, também pode haver constantes queixas de dores nos olhos, olhos vermelhos, dificuldade para enxergar ou ler franzindo a testa, por exemplo.

A limitação visual costuma ser evidenciada nas atividades desenvolvidas em sala de aula e são sintomas que podem ser observados pelo olhar atento do professor, no caso das crianças e jovens, mas também pelo próprio adulto ao realizá-las. Normalmente, são os erros refrativos não corrigidos os principais problemas visuais identificados em estudantes.
As ametropias – como miopia, hipermetropia e astigmatismo – são erros de refração que distorcem a visão, fazendo com que as imagens captadas não se formem de maneira correta nas retinas. Geralmente, estes são amenizados por meio do uso de óculos e lentes especiais que são produzidas de acordo com o grau de distorção da visão do paciente.
É possível identificar doenças oculares antes do início da vida escolar?
O famoso “teste do olhinho” (Teste do Reflexo Vermelho), feito logo após o nascimento do bebê, ainda na maternidade, é o principal exame para detectar doenças oculares capazes de prejudicar a visão das crianças antes mesmo da idade escolar.
É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina os olhos do recém- nascido. Este é capaz de detectar doenças mais graves como retinopatia da prematuridade , catarata congênita, descolamento e retinoblastoma.

Desde junho de 2010, o pagamento do “Teste do Olhinho” por todos os planos de saúde é obrigatório, segundo decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Porém, antes disso, o exame foi instituído por lei em muitos estados e cidades e é realizado nas maternidades públicas e também particulares até a alta do recém-nascido com o objetivo de que todas as crianças tenham acesso a este direito garantido.
Porém, o teste do olhinho é apenas um primeiro atendimento, de rastreamento precoce, e não é capaz de diagnosticar com precisão doenças oculares. É mandatório que seja realizado, após a alta da maternidade e até o 6 mês de vida, o exame oftalmológico completo com dilatação pupilar, no consultório médico. Só assim, realmente, todas as patologias que possam atrapalhar o desenvolvimento visual completo serão detectadas.
A garantia de sucesso acadêmico está intimamente ligada à boa saúde ocular dos estudantes
Detectar o problema visual, ainda na infância, é essencial para garantir o melhor desenvolvimento acadêmico de nossos estudantes e evitar lesões mais graves no futuro. O diagnóstico precoce é capaz de evitar, entre outras doenças oculares, por exemplo, a ambliopia, um mal que pode causar inclusive a perda da visão.

Por isso, é necessário que se fique atento à possibilidade de doenças de visão em qualquer fase da vida, especialmente nas crianças , que nem sempre conseguem verbalizar a dificuldade encontrada em sala de aula . Por isso, a melhor forma de prevenção é o acompanhamento regular de um oftalmologista. Sendo assim, antes de iniciar o ano letivo, a recomendação é marcar a consulta com este especialista.
Vamos cuidar disso juntos?
Com anos de experiência, meu foco é ajudar os pacientes a VEREM o mundo da melhor maneira possível por meio de tratamentos modernos e de acordo com cada particularidade. Vamos agendar uma consulta e entender como podemos cuidar da sua saúde?